UMA REFLEXÃO SOBRE AS PRÁTICAS ESCOLARES SOB O VIÉS DO TRABALHO COLABORATIVO
Resumo
Os sentidos para colaboração vêm sendo discutidos atualmente por vários pesquisadores, tanto da área da educação como de outras áreas do conhecimento (JOHN-STEINER, ROTH, NEVIN, THOUSAND, VILLA, MAGALHÃES & FIDALGO, CLARKE, DAVIS, RHODES, BAKER, PHELAN, MATEUS). Para pensar colaboração, precisamos considerar, primeiramente, o contexto sócio-histórico em que vivemos para assim observar que ela é hoje a palavra de ordem no mundo dos negócios. Competir em um mercado globalizado demanda muita colaboração interna e externa. Isso porque a produção se dá em rede. E o profissional almejado é aquele multi-disciplinar, multi-tarefa, multi-cultural e multi-outros. Não é mais possível desempenhar tarefas isoladamente, mas a integração, a colaboração une forças para a construção conjunta do conhecimento para a realização de tarefas. Nesse caminho, segue também a educação, não mais centrada no mestre que ensina e no aluno que aprende, mas nas interações sociais, com participação ou atitude responsiva ativa; interação com o professor, com os colegas, com o material didático, com o mundo fora da escola e com o mundo dentro da escola.
Por isso, discussões relacionadas à educação e à formação de professores ligadas a colaboração são arroladas por pesquisadores da área. Este trabalho, assim, tem como objetivo traçar um panorama dos conceitos e características de colaboração por meio de uma revisão bibliográfica da literatura contemporânea. Tal interesse surgiu a partir da participação como aluna da disciplina Formação colaborativa de professores de línguas: questões teóricas e metodológicas, no Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem. Este foi um primeiro contato com as discussões atuais de colaboração/formação colaborativa e nos serviu de motivação/ interesse em adentrar mais a fundo o universo da colaboração, uma vez que, enquanto professora e aluna de pós-graduação, entendemos que precisamos, primeiramente, nos valer dos conceitos e características, bem como conhecer as pesquisas que já foram ou estão sendo desenvolvidas com o tema, para, posteriormente, podermos vivenciar experiências colaborativas em nossa prática profissional e acadêmica. Para tanto, dividimos o presente estudo em três partes; na primeira, discutimos aspectos relacionados ao contexto sócio-histórico e o conceito de colaboração; no segundo momento, aspectos relacionados às práticas escolares e ao conceito e características da colaboração e, por fim, às conclusões a que chegamos por meio deste trabalho.