SÍNDROME DO DENTE RACHADO ENCONTRADA EM PACIENTE COM RESTAURAÇÃO EXTENSA EM AMÁLGAMA: RELATO DE CASO

Autores

  • MARIM, J. L. S
  • MICHETEN, T.C.
  • SOUZA, P. C. M
  • ALVES, A. C. G.

Palavras-chave:

Amálgama Dentário, Resina Composta, Restauração Dentária Permanente.

Resumo

A síndrome do dente rachado pode ser definida como a presença de trinca presente em dentes posteriores, na região da dentina e que ocasionalmente estende-se para a polpa ou tecidos periodontais. Uma das formas de diagnóstico é quando o paciente sente uma dor ao morder um objeto e que é cessada após a remoção da pressão. A presença de restaurações não adesivas, como o amálgama, pode estar mais susceptível a presença de fissuras, devido à fatores como design da cavidade e expansão deste material restaurador. Além disso, uma pressão contínua exercida por pacientes que realizam bruxismo ou apertamento, potencializa o estresse na região. Tais condições podem acelerar a rachadura presente, prejudicando a estrutura dentária e consequentemente a longevidade do dente. O objetivo do presente caso é relatar a presença da síndrome do dente rachado em um paciente diagnosticado com bruxismo e presença de restaurações extensas em amálgama. Paciente de 40 anos, gênero masculino, queixou-se de sensibilidade ao mastigar, nos dentes 46 e 47, com restaurações extensas em amálgama e sem tratamento endodôntico. Ambos apresentaram incomodo moderado a percussão vertical, sem alterações no teste de sensibilidade ao frio e na análise radiográfica. Optou-se pela troca das restaurações de amálgama por restaurações adesivas em resina composta. Após a remoção, foram observadas linhas de fratura, compatíveis com a síndrome do dente rachado. Foi realizado um selamento imediato da dentina com um adesivo fotopolimerizável de 3 passos, e restauração com resina composta nanohíbrida, sendo de forma direta no dente 47 e indireta no 46. Após 7 dias, o paciente relatou uma remissão dos sintomas a percussão, com conforto ao alimentar-se. Deste modo, a opção por restaurações adesivas, principalmente em cavidades mais amplas, onde somente a perda de estrutura dental já reduz
sua resistência a estresses mecânicos, mostra-se vantajosa frente ao uso do amálgama, pois suas propriedades biomecânicas mostram-se mais parecidas com o dente, reduzindo os riscos do aparecimento ou da progressão dessas rachaduras.

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Publicado

2023-01-17