INCLUSÃO DA EXTENSÃO EM CURSOS DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Autores

  • Érica Benassi-Zanqueta
  • Mariana Volpato Junqueira
  • Mariana Machado Lima

Resumo

O ano letivo de 2020 marcou profundas mudanças nos docentes e discentes de todo o mundo. De forma muito abrupta, a pandemia causada pelo novo coronavírus foi deflagrada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que teve início na China, no final de 2019. Dentre as diversas mudanças que a pandemia trouxe, foi a suspensão das aulas presenciais em todo o território brasileiro, com início em 23 de março de 2020 e sem previsão de retorno à normalidade (WERNECK E CARVALHO, 2020; MALVÃO, 2020)

            Em poucos dias desde a declaração da OMS, a sala de aula passou para o cyberespaço e todas as pessoas viveram momentos de incerteza, medo, pânico e ansiedade. O vírus era praticamente desconhecido e muitas informações circulavam de forma equivocada sobre ele. E, em meio a tudo isso, todo o planejamento semestral das instituições de ensino teve que ser adaptado. Vale ressaltar aqui que uma minoria dos professores e alunos tinham contato, naquele momento, com a sala de aula remota. Portanto, a insegurança de ministrar aulas em um novo formato tomou conta dos docentes, que não podiam passar tal sentimento aos seus alunos.

            Apesar de todo esse sentimento de incerteza e fragilidade, a suspensão das aulas por tempo indeterminado foi a medida mais acertada a ser tomada, para garantir a segurança e a saúde de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Como pode-se perceber ao longo do tempo, o isolamento foi a forma mais robusta de conter a disseminação do vírus até a chegada das vacinas (MALVÃO, 2020; GOMES, 2020).

            Desta forma, as instituições de ensino de todo país tiveram que adequar seus calendários letivos para a oferta das aulas nessa nova modalidade. E muitas plataformas de ensino foram inseridas nestes processos, havendo a necessidade de treinamento intenso de toda a equipe pedagógica e administrativa para atender as demandas necessárias para o andamento do ano letivo.

            Além das aulas, as instituições tiveram que adaptar as suas práticas e esse foi um desfaio ainda maior para os cursos de saúde no mundo todo. Como poderia ocorrer a inclusão do aluno no ambiente de prática, com um vírus mortal circulando? Como lembrar esse aluno que estar em casa não era mais sinônimo de férias e descanso? Como incluir a curricularização da extensão nos cursos superiores, motivando docentes e discentes?

            Ou seja: além de toda a problemática da pandemia, as instituições de ensino precisaram de muito jogo de cintura para manter seus alunos motivados, interagindo e acolhendo suas fragilidades emocionais, psicológicas e até financeiras. Num panorama geral, pode-se considerar que a educação foi o segundo setor mais afetado pela pandemia, ficando atrás somente da saúde propriamente dita. Especialistas já decalcaram, no ano de 2020, que a educação seria o setor que mais sofreria com o impacto da pandemia, pois foi a primeira a se adaptar ao ‘novo normal’. E essa é a realidade percebida por todos os atores do processo anos depois (EXPONENCIAIS, 2020; BRAVO, 202).

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Publicado

2023-01-17