MORTE NA CONTEMPORANEIDADE: A NEGAÇÃO DO CONCEITO DE FINITUDE
Resumo
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RESUMO
Por meio desta pesquisa, buscou-se compreender a morte e como ela é vista na sociedade
contemporânea, evidenciando sua constante negação, além da negação que possuímos um
fim, ou seja, da finitude presente na morte. Buscando compreender o processo histórico na
qual a mesma está inserida, entre os períodos da idade média à contemporaneidade
ocidental evidenciando suas mudanças ao longo do século, também, pretendeu-se
conceituar e descrever os conceitos de morte e finitude. Assim, pode-se entender como a
morte atua na contemporaneidade, entendendo as implicações da contemporaneidade e
como o sujeito se encontra nela, utilizando-se a psicanálise como base teórica para tais
formulações. Entendemos a necessidade de se conhecer e falar sobre a morte, nesta
sociedade que aparentemente se afastou da mesma e se recusa a olhar para ela, como
uma forma de entender melhor a vida e seus paradigmas contemporâneos, além de uma
tentativa de explicar o grande aumento das doenças psíquicas enquanto mal-estar deste
século. Através de pesquisas bibliográficas dos principais autores que falam sobre a morte e
a contemporaneidade como Kovács, Maranhão, Kubler-Ross, Birman, Becker e Freud,
assim chegaram-se ao resultado de que a morte vista como construção histórica, social,
biológica e ,principalmente, humana, da mesma forma que a finitude, quando reconhecidas
pelos seres humanos devem estar sobre uma balança, na qual deve ser medida a auto
conservação e a realização de uma boa vida, ao mesmo tempo em que o conhecimento
sobre a morte mostra-se necessário, uma vez que nossa sociedade está se reorganizando
em torno do narcisismo e tentando apagar a morte.
Palavras-chave: Morte. Finitude. Contemporaneidade. Psicanálise.