RELAÇÕES DE PODER E VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: DEBATES SOBRE OS CURSOS DE MEDICINA NO BRASIL
Palavras-chave:
Mulheres; Ensino Superior; Medicina; Desigualdade de gênero; Relações de Poder.Resumo
O presente artigo aborda a presença e a naturalização da violência de gênero nos
cursos de medicina no Brasil, destacando como os trotes humilhantes, gritos de guerra
misóginos e abusos físicos e sexuais afetam diretamente o ingresso e a permanência
das mulheres no ambiente acadêmico. As pesquisas demonstram que essas ações,
fomentadas majoritariamente por homens, reforçam hierarquias de gênero e refletem
a exclusão de mulheres, especialmente negras, transsexuais e de classes menos
favorecidas. A análise também evidencia como a mídia, ao noticiar tais episódios,
contribui para a perpetuação dessa cultura de violência e silenciamento. Além disso,
os dados revelam disparidades de gênero e raça tanto no ensino superior quanto no
mercado de trabalho, mesmo com a implementação de políticas de inclusão. O estudo
reforça a urgência de enfrentar as estruturas que sustentam essas desigualdades,
promovendo uma reflexão mais profunda sobre a cultura universitária e suas
implicações para a equidade de gênero e raça no país.
