A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DOS DESASTRES NO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL DE BRUMADINHO

Resumo

Apesar da inserção da Psicologia das Emergências no Brasil enquanto foco de investigação ser ainda recente, sua trajetória histórica é longa. Em nosso país, o primeiro registro do processo histórico de inserção da ciência psicológica em situações de emergências e desastres ocorreu em Goiânia, em 1987, com o vazamento do Césio-137, maior acidente radioativo do país. Considerando que o impacto psíquico de todo evento adverso da vida humana se dá por meio de uma interrelação complexa entre o ocorrido, o presente e o passado do indivíduo, e o seu contexto social, o acolhimento às vítimas no momento de desastres naturais, como o de Brumadinho, é de extrema importância para a superação e elaboração psicológica desses sujeitos. Em face disso, o presente estudo buscou compreender como se deu a acolhida às vítimas afetadas no rompimento da barragem de Brumadinho e a importância da Psicologia das emergências e dos desastres no atendimento psicossocial das pessoas envolvidas. Para tanto, a metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica composta por artigo disponíveis no indexador de dados BVS-PSI, Google Acadêmico, Scielo, entre outros, a partir da combinação dos descritores: Psicologia das Emergências, desastres e barragem de Brumadinho, que serviram para o levantamento bibliográfico, além da revisão bibliográfica de livros e revistas científicas. Os dados encontrados mostraram que diversas pessoas participaram da equipe de atendimento e apoio às vítimas, sendo a maioria voluntários atuantes no acolhimento. Os dados evidenciaram ainda, que são poucos os estudiosos que se dedicam a investigar essa linha de pensamento da Psicologia, fato este constatado pela recente implementação no Brasil. Desse modo, entende-se que o tema proposto neste estudo se torna relevante, na medida em que busca despertar reflexões sobre a importância da atuação desta abordagem teórica no auxílio a pessoas em sofrimento. Não há nesta pesquisa a pretensão de esgotar o tema, antes a de contribuir, mesmo que de forma modesta, com as discussões que permeiam a temática, instigando os leitores a realizarem novos e mais profundos estudos.